Desde a fundação da cidade de Grajaú, a população utilizava para o consumo e afazeres domésticos água do Rio Grajaú, Olho D’água (Trisidela), Vão do Lobo (Expoagra) e Olho D’água do Caatinga (por trás da Delegacia), coletando por meio de lata d’água na cabeça ou transportando com animais.
No ano de 1960, o então prefeito Raimundo Simas Lima, construiu o primeiro sistema de captação e distribuição de água, implantou uma adutora de 150mm de cimento amianto, partindo do Olho D’água até o Centro, onde hoje é a Praça Raimundo Simas e instalou um chafariz.
Posteriormente na administração do prefeito Carlos Neto, deu início à expansão de rede de distribuição em algumas ruas da cidade e construção de um outro chafariz.
Em 1965 o prefeito Mecenas Pereira Falcão, firmou um convenio com a Fundação de Serviço de Saúde Pública (FSESP), sendo construídos dois reservatórios de concreto armado, um com a capacidade de 220m³ apoiado e outro com 57m³ elevado. Ainda na gestão do prefeito Mecenas Falcão foi criado o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Grajaú (SAAE) através da Lei 068 de 16 de abril de 1969, tendo como dirigente o senhor Elias Barros dos Santos e o primeiro encanador o Senhor Edivaldo da Silva Oliveira, com 134 ligações domiciliares, até então administrado pela Prefeitura Municipal.
Na gestão do prefeito José Martins Jorge Neto, em 1980, deu-se início à construção da Estação de Tratamento de Água (ETA) com capacidade para tratar 120m³/h, de água captada do Rio Grajaú. Deste ano até os anos 90, os gestores municipais continuaram ampliando a rede, já abastecendo o bairro Canoeiro com água recalcada do Olho D’água (Trisidela).
Com o aumento da população e o crescimento do bairro Vilinha, só o sistema superficial de captação de água do Rio Grajaú e do Olho D’água, já não atendia as necessidades dos bairros mais distantes da cidade, o então prefeito Milton Gomes dos Santos, perfurou o primeiro Poço Artesiano em 1992 no bairro Vilinha, com vazão de 20m³/h, passando assim de um sistema superficial, para um Sistema Misto. Nos anos seguintes o sistema foi crescendo e com isso houve a necessidade de perfurar mais poços.
Aos 26 de março de 1999 a FSESP passou para a Prefeitura Municipal de Grajaú a responsabilidade total na administração, operacionalização e financeira do SAAE.
Até 2004, o sistema de água de Grajaú, além da captação superficial, contava com oito poços artesianos, atendendo os bairros, Canoeiro, Vilinha, Extrema, Rodoviário, Ipem, Expoagra e Aeroporto, com 4.857 ligações domiciliares em funcionamento e 44.300m de rede de distribuição.
A partir de 2005, já na administração do prefeito Mercial Lima de Arruda, houve um significativo avanço no sistema de abastecimento de água no município, com perfuração de poços, implantação e ampliação de redes e incremento de novas ligações domiciliares na sede municipal e nos povoados.
O avanço deu-se na perfuração de 22 Poços, sendo 4 na sede e 18 nos povoados; 57.800m de Redes ampliadas na sede municipal e 54.417m nos povoados; Ligações domiciliares 5.643 na sede e 1.895 nos povoados; Instalação de 1.050 Hidrômetros; Totalizando 102.100m de rede e 10.494 ligações na sede. Tudo isso com investimentos e recursos da Administração Municipal, do SAAE e também por convênios firmados com Órgãos Federais, totalizando o valor de R$ 5.256.285,00 (cinco milhões, duzentos e cinqüenta e seis mil e duzentos e oitenta e cinco reais).
O SAAE conta atualmente com 42 funcionários, técnicos, administrativos e operacionais.
Rumo ao futuro
Buscando eficiência e sustentabilidade econômica, o SAAE, para cumprir a Lei Federal de Saneamento Básico de nº 11.445/2007, pretende atender 100% da população com abastecimento de água potável e esgotamento sanitário através de uma ampla ação, convênios e projetos já aprovados e em andamento. Para isso a meta a ser trabalhada nos próximos anos, será:
≈ Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico de Grajaú;
≈ Construção de grandes reservatórios, anéis e redes de distribuição na sede;
≈ Construção do Sistema de Esgotamento Sanitário;
≈ Construção de Sistema simplificado de abastecimento de água nos Povoados, Comunidades Indígenas e localidades;
≈ Micro medir 100% das ligações domiciliares;